A nossa alimentação é importante para à
reposição de água, substratos energéticos, vitaminas e sais minerais. Mas como
o ser humano come de tempos em tempos ele reserva esses substratos.
Tais reservas energéticas são
armazenadas como formas complexas:
· TRIGLICERÍDEOS
(ácidos graxos e glicerol)
· GLICOGÊNIO
HEPÁTICO E MUSCULAR (glicose/lactato)
· PROTEÍNAS
(aas glicogênicos)
Hormônios reguladores do metabolismo
energético
Fase catabólica -> Suprarrenais ou
adrenais -> cortisol e adrenalina
Fase anabólica -> Pâncreas ->
glucagon e insulina
Estado alimentado
Insulina -> estoque de energia ->
Glicose -> Glicogênio hepático -> fígado (glicogênese)
Insulina -> estoque de energia ->
ácidos graxos ( AGL) -> triglicerídeos -> tecido adiposo (lipogênese)
Insulina -> estoque de energia ->
aminoácidos -> PTN -> músculos (partenogênese)
Fase
anabólica
ESTADO ABSORTIVO: Período de 2 a 4 horas após ingestão de
refeição normal.
Ocorre: aumento no sangue da glicose, Aa
e Triglicérides.
O pâncreas responde à elevação de
glicose e Aa com a liberação de insulina e redução de glucagon = ANABOLISMO
Neste período, praticamente todos os
tecidos usam glicose como combustível.
TECIDO ADIPOSO
Grande sensibilidade do tecido adiposo à
insulina. Aumenta influxo de glicose (Mostrar animação da ação insulina)
Gliconeogênese diminuída
Aumenta a síntese de ácidos graxos, TG.
GLUT – Transportador de Glicose
· Glut1
– Eritrócitos
· Glut2
- Fígado e Células b-Pancreáticas
· Glut3
- Cérebro e tecidos nervosos
· Glut4
- Músculo e tecido adiposo
· Glut5
- Intestino delgado
FÍGADO
PAPEL CENTRAL
- Capta e metaboliza os nutrientes.
GLICOSE:
Fígado retém 60% da glicose que entra pelo sistema porta. Não influenciado pela insulina.
•
Síntese de
glicogênio
•
Gliconeogênese
diminuída
LÍPIDES:
•
Aumenta a
síntese de ácidos graxos, TG, colesterol, etc.
PROTEÍNAS:
•
Degradação aumentada de Aa (há mais Aa que o fígado pode utilizar). Fígado libera Aa para tecidos
periféricos ou degrada (desaminação e formação de intermediários de Krebs para
fonte de energia)
•
Síntese protéica: O corpo não
armazena proteínas e assim a síntese protéica é baixa, para repor eventuais
proteínas degradadas
no estado absortivo prévio.
TECIDO MUSCULAR
Captação aumentada de glicose para
utilização
Síntese aumentada de glicogênio:
depletado como resultado da atividade muscular
Síntese aumentada protéica: Síntese para
repor a proteína perdida desde a refeição anterior
CÉREBRO
Consome 20% do oxigênio corporal em
repouso.
Prioridade de energia. Usa
exclusivamente glicose como fonte de energia. Não contém depósito de glicogênio
– Dependente da glicose do sangue.
Ácidos graxos não atravessam
eficientemente barreira hemato-encefálica = TG não contribui como fonte de
energia e nem deposita neste órgão.
Jejum
Glucagon, adrenalina e cortisol ->
mobilização da reserva energética
Fígado -> Glicogenólise,
neoglicogênese -> glicose
Lipólise -> tecido adiposo ->
triglicerídeos -> glicerol
Lipólise -> tecido adiposo -> triglicerídeos
-> ácidos graxos (AGL)
GLICONEOGÊNESE
v Síntese
de glicose a partir de diferentes substratos
v Rota essencialmente de JEJUM
v 90% Hepática, 10% renal
v Produz Glicose para ser lançada a circulação
v Mantém a glicemia em níveis mínimos normais
v IMPORTANTE:
o
Qualquer substrato da via gliconeogênica
deve ter no mínimo 3 Carbonos, logo o Acetil CoA (2C) NÃO é substrato para esta
via.
v Substratos utilizados:
o
- Lactato
§ Aas
gliconeogênicos
§ Glicerol
Fase catabólica
Ø Após
1 a 2 dias – a concentração do glicogênio do fígado cai a 10% do valor inicial
e assim permanece o resto do período de jejum
Ø O
glicogênio do músculo também sofre decréscimo
Ø A
glicemia permanece em 80 mg/dl por cerca de 4 semanas ou pouco mais
Ø A
degradação de glicogênio permite a manutenção da glicemia no início do jejum
Ø A
oxidação de triacilgliceróis é acompanhada por aumento de corpos cetônicos no
sangue
v Corpos
Cetônicos são compostos derivados do Acetil-CoA
Em situações especiais, como jejum
prolongado e diabetes, Corpos Cetônicos
são produzidos porque há um :
Ø Excesso de degradação de triacilgliceróis,
Ø Falta de intermediários do Ciclo de Krebs para
oxidar todo o Acetil-CoA formado
Ø Nota: O Ciclo de Krebs funciona pouco, pois há
falta de glicose
O cérebro precisa de glicose (14 g/dia)
por isso as proteínas começam a ser degradadas mesmo quando a reserva de
gordura ainda não foi esgotada.
Ø A
glicose não pode ser sintetizada a partir de ácidos graxos (Acetil-CoA) ou
corpos cetônicos
Ø Então deve ser sintetizada a partir de
aminoácidos glicogênicos
Ø Ao
final da 4a ou 6a semana de jejum, menos de 15 g de
proteína/dia são consumidos
Ø Nesta
altura, volta a ocorrer a degradação de gorduras
Ø Pois o cérebro passa a utilizar corpos
cetônicos para obter energia (principalmente b-hidroxibutirato).
Ø Não
há alteração da capacidade mental
Ø A
grande produção de corpos cetônicos leva a uma acidose, com significativa
redução do bicarbonato plasmático.
Ø Após
terem se esgotado as reservas de gordura, o indivíduo volta a utilizar proteínas
para obter energia.
Ø São
degradadas proteínas musculares (ex: coração) e o indivíduo chegaria a óbito.
Tempo de sobrevivência depende do depósito de TG +
Terminado as reservas de TG ->
proteólise = Perda da função cardíaca,
hepática e renal = MORTE
Reflexão
Pude observar como o nosso organismo é
bioquimicamente antes e depois de nos alimentarmos. E como o metabolismo do
nosso organismo é muito mais complexo do que imaginamos. Apesar de não entender
muito bem desse assunto pude tirar bastantes informações da aula.
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