Tipos de drogas
Cocaína: pode ser
inalada, ingerida ou injetada. A duração dos efeitos varia, as a chamada
euforia breve persiste por 15 a 30 minutos, em média. Nos primeiros minutos, o
usuário tem alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e
mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração torna-se
irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, ele pode ser náuseas e
insônia. Segundo os especialistas, em pessoas que têm problemas psiquiátricos,
o uso de cocaína pode desencadear surtos paranóides, crises psicóticas e
condutas perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a inalação deixa
lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco de
contaminação por outras doenças (DST/aids). Em todas as suas formas, causa séria
dependência, sendo o crack o principal vilão.
Maconha: usado
em forma de cigarro (também pode ser cheirada ou ingerida). Seu efeito dura
entre uma e seis horas. Inicialmente, o usuário tem a sensação de maior
consciência e desinibição. Ele começa a falar demais, rir sem motivo e ter
acessos de euforia. Porém, ele pode perder a noção de espaço (os ambientes
parecem maiores ou menores) e a memória recente, além de apresentar um aumento
considerável do apetite (“larica”). A maconha costuma afetar consideravelmente
os olhos, que ficam vermelhos e injetados. Com o tempo, pode causar
conjuntivite, bronquite e dependência. Em excesso, pode produzir efeitos
paranóicos e pode ativar episódios esquizofrênicos em pacientes psicóticos.
Anfetaminas
As anfetaminas são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso
central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas
mais “acesas”, “ligadas”, com “menos sono”, “elétricas” etc. As anfetaminas,
são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Não são, portanto, produtos
naturais. Existem várias drogas sintéticas que pertencem ao grupo das
anfetaminas, e como cada uma delas pode ser comercializada sob a forma de
remédio. As anfetaminas agem de maneira ampla afetando vários comportamentos do
ser humano. A pessoa sob sua ação tem insônia (isto é, fica com menos sono),
inapetência (perde o apetite), sente-se cheia de energia e fala mais rápido,
ficando “ligada”. De qualquer maneira, as anfetaminas fazem com que o organismo
reaja acima de suas capacidades, esforços excessivos, o que logicamente é
prejudicial para a saúde. E, o pior é que a pessoa ao parar de tomar sente uma
grande falta de energia (astenia), ficando bastante deprimida, o que também é
prejudicial, pois nem consegue realizar as tarefas que normalmente fazia
anteriormente ao uso dessas drogas. As anfetaminas não exercem somente efeitos
no cérebro. Assim, agem na pupila dos olhos produzindo dilatação (midríase);
esse efeito é prejudicial para os motoristas, pois à noite ficam mais ofuscados
pelos faróis dos carros em direção contrária. Elas também causam aumento do
número de batimentos do coração (taquicardia) e da pressão sangüínea. Também
pode haver sérios prejuízos à saúde das pessoas que já têm problemas cardíacos
ou de pressão, que façam uso prolongado dessas drogas sem acompanhamento
médico, ou ainda que se utilizam de doses excessivas. Se uma pessoa exagera na
dose de anfetamina ela pode apresentar comportamentos fora do normal. Ela fica
mais agressiva, irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando
contra ela – é o chamado delírio persecutório
Dependendo do excesso da dose e da sensibilidade da pessoa, pode ocorrer
um verdadeiro estado de paranóia e até alucinações. É a psicose anfetamínica.
Os sinais físicos ficam também muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida
(devido à contração dos vasos sangüíneos) e taquicardia. Essas intoxicações são
graves, e a pessoa geralmente precisa ser internada até a desintoxicação
completa. Também à possibilidade de o uso crônico de anfetaminas produzir
lesões irreversíveis em pessoas que abusam dessas drogas.
Ópio e morfina
Ópio: A droga é feita retirando-se um líquido leitoso das cápsulas
da papoula, que, depois de secado, resulta numa pasta amarronzada, que então é
fervida para se transformar em ópio. Processamentos posteriores do ópio
resultam em morfina, codeína, heroína e outros opiácenos. Uma dose
moderada faz com que o usuário mergulhe num relaxado e tranquilo mundo de
sonhos fantásticos. O efeito dura de três a quatro horas, período em que o
usuário se sente liberado das ansiedades cotidianas, ao mesmo tempo em que seu
discernimento e sua coordenação permanecem inalterados. Nas primeiras vezes, a
droga provoca náuseas, vômitos, ansiedade, vertigens e falta de ar, sintomas
que desaparecem à medida que o uso se torna regular. O consumidor freqüente
torna-se passivo e apático, seus membros parecem cada vez mais pesados e sua
mente envolve-se numa onda de letargia. Como os seus derivados, o ópio provoca
tolerância no organismo, que passa a necessitar de doses cada vez maiores para
se sentir normal. O aumento da dosagem leva ao sono e à redução da respiração e
da pressão sangüínea, podendo evoluir, em caso de overdose, para náusea,
vômito, contração das pupilas e sonolência incontrolada, passando à coma e
morte por falha respiratória. Uma vez viciado, o indivíduo deixa de sentir o estupor
originalmente produzido pela droga, passando a consumir ópio apenas para
escapar dos terríveis sintomas da síndrome de abstinência, que duram de um a
dez dias e incluem arrepios, tremores, diarréias, crises de choro, náusea,
transpiração, vômito, cólicas abdominais e musculares, perda de apetite,
insônia e dores atrozes.
Morfina: é a
mais conhecida das várias substâncias existentes no pó de ópio. Só está
disponível em soluções injetáveis e comprimidos e seu uso é restrito a algumas
situações médicas onde se impõe o uso de um analgésico potente (como cânceres,
queimaduras extensas, grandes traumatismos). O mercado clandestino é restrito,
quase insignificante. Os efeitos agudos (ou seja, quando ocorrem apenas algumas
horas após o uso) da morfina são semelhantes aos do ópio, mas mais potentes.
Tolerância e dependência também se instalam rapidamente. Injetada, provoca
torpor e uma sensação de euforia. Sua overdose leva à morte por parada
respiratória.
Álcool
A produção de álcool etílico por
processos fermentativos é um procedimento milenar, utilizado por todos os povos
conhecidos. Pode causar alcoolismo. Alcoolismo é uma intoxicação, aguda ou
crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e constitui um
problema médico quando altera ou põe em risco a saúde física ou mental do
indivíduo.
No que diz respeito ao sistema nervoso, os sintomas que mais chamam a
atenção são o tremor e a polineurite (sensibilidade à pressão dos troncos
nervosos, dores nas extremidades e hipoalgesias). Com relação ao aparelho
digestivo, além da falta de apetite, que constitui queixa constante, as
complicações mais comuns são a gastrite com vômitos matinais e a cirrose
hepática, que pode levar o indivíduo ao coma e à morte. No coração pode
aparecer uma degeneração adiposa, que se cura com a abstinência, mas que
ressurge com o abuso do álcool. Essa alteração responde pela insuficiência
circulatória que se observa em certos alcoólatras, nos quais o pulso torna-se
irregular e a área cardíaca aumenta.
Nos casos mais avançados de alcoolismo, é comum a diminuição da potência
sexual. Os testículos se atrofiam e a excreção hormonal diminui. A atrofia
testicular e a lesão hepática provocam, em geral, a queda dos pêlos axilares e
pubianos. Nas mulheres estabelece-se, em alguns casos, amenorréia. Os efeitos
do alcoolismo na saúde mental são ainda mais graves. O indivíduo vive num
estado de tensão que o leva progressivamente a manifestações regressivas no
sentido da falta de domínio emocional.
Dentre as funções intelectuais, a memória, a percepção e a crítica são
as mais comprometidas. No princípio, as alterações ocorrem em virtude da tensão
emocional e da atitude egocêntrica do alcoólatra. Depois surgem transtornos
ditos psico-orgânicos, que levam a um déficit irreversível dessas funções. O
alcoólatra equivoca-se facilmente nas leituras, confunde-se e não capta as
imagens. Com o tempo, passa a haver decadência do caráter em função de
diminuição da crítica.
Os transtornos psíquicos provenientes do alcoolismo, conforme sua
intensidade e ocorrência, configuram quadros psiquiátricos. Um deles é a
chamada embriaguez patológica, ou dipsomania, que constitui forma especial de
intoxicação alcoólica aguda, na qual o indivíduo é levado a estados de
excitação psicomotora, alucinações ou fabulações. Ocorre sobretudo em personalidades
psicopáticas e doentias.
O alcoolismo crônico representa o quadro mais freqüente. O psiquismo se
compromete progressivamente, no sentido de alteração da afetividade e das
funções psíquicas superiores. Um fenômeno característico, que afeta o
alcoólatra crônico após certo período de abstinência, é o delirium tremens. O
quadro caracteriza-se por inquietude, desorientação, ansiedade, perturbações do
equilíbrio e alucinações visuais, sobretudo zoopsias (visões de animais e
insetos, geralmente repugnantes) tudo isso acompanhado por tremores, aumentos
da temperatura e depleção hídrica. Se não tratado, o delirium tremens pode
levar à morte.
Reflexão
Pude aprender que as drogas podem ser encontradas muito facilmente e que
causam efeitos devastadores no organismo provocando efeitos semelhantes entre
si se for usada com frequência. As gravidas que usam algum tipo de droga na
gravidez corre o risco de muitas vezes perder o feto ou que o mesmo nasça com
alguma deficiência física ou mental e que muitas vezes os bebes apresentam a
síndrome de abstinência fetal, principalmente no alcoolismo.
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